terça-feira, 7 de abril de 2009

RALIES de PORTUGAL - CAPAS com HISTÓRIA...


RALIES de PORTUGAL - CAPAS com HISTÓRIA

O melhor Rally do Mundo tem sido, ao longo da sua história, motivo de amplo e merecido destaque por parte dos órgãos da imprensa especializada Portuguesa. Hoje, proponho percorrer algumas das mais simbólicas capas de jornais e revistas que, nas últimas quatro décadas e logo após o término de cada edição da prova , procuravam oferecer aos apaixonados leitores a melhor reportagem possível, relatando vitórias, amarguras, sofrimento, euforia, polémicas, alegrias, enfim, um misto de sentimentos que retratam também eles, o que tem sido ao longo dos anos, o Rallye de Portugal para pilotos, máquinas, organização e espectadores.

Veja esta "preciosidade" jornalística em:

http://autosport.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=as.stories/66915


(Cortesia Auto Sport)






A capa de hoje de "Auto Sport"...

a equipa "AlgarvePress" agradece a vossa ajuda/disponibilidade.
Os maiores êxitos jornalísticos, são os votos de:
Osores e Zégonzo

Quarta vitória consecutiva de Sebastien Loeb!

O francês Sebastien Loeb continua a sua caminhada vitoriosa no Campeonato do Mundo FIA 2009 ao alcançar uma vitória convincente no Vodafone Rally de Portugal. Assumiu o comando no início do segundo dia e conquistou a 51.ª vitória mundial, o igualando o feito do seu compatriota, Alain Prost, na F1.

No final da prova, assistiu-se à repetição do sucedido nas provas anteriores. Loeb venceu com 26 s. de vantagem sobre Mikko Hirvonen e 30 s. sobre o seu companheiro de equipas Dani Sordo. Com pilotos de tão alta qualidade era preciso um erro de um deles para a ordem ser alterada.

A primeira especial do dia era muito sinuosa e o pó mantinha-se no ar, depois da passagem dos carros, o que permitiu a Loeb, primeiro na estrada, ter boas condições de visibilidade, o que contribuiu para que tivesse sido o mais rápido nos dois primeiros troços. Hirvonen foi segundo e Sordo terceiro de ambas as vezes, antes dos carros regressarem à assistência no Estádio Algarve.

Atrás deles Petter Solberg tentava apanhar Dani Sordo mas, realisticamente, era difícil acreditar numa mudança do ocupante do terceiro lugar. O quarto era Matthew Wilson à frente de Henning Solberg, ambos em Ford Focus WRC e suficientemente perto para lutarem um com o outro.

Depois da assistência, Loeb chegou a estar a perder 16 s. para Hirvonen nos controlos parciais da penúltima especial. E se Loeb sabia que não tinha problemas, Hirvonen sentiu que tinha uma oportunidade de lutar pela vitória. Só que quando no controlo seguinte viu que a diferença se mantinha, percebeu que o sistema tinha falhado, relaxou e assegurou o segundo lugar.

Entretanto Wilson e Conrad Rautenbach passaram por situações semelhantes. No penúltimo troço, Matthew Wilson ficou sem travões logo no início da classificativa. A um quilómetro do final, quando travou para uma curva no final de uma longa recta, o pedal foi até ao fundo, sem ter qualquer acção. Puxou o travão de mão, para colocar o carro de lado, mas acabou por sair da estrada e capotar. Na tentativa de regressar à estrada queimou a caixa de velocidades e desistiu.

Antes Conrad Rautenbach teve o mesmo acidente, mas com diferentes resultados. Na tentativa de repor o Citroen C4 na estrada, o carro incendiou-se e ficou destruído. A especial foi interrompida para os bombeiros apagarem o fogo e os concorrentes que ainda não tinham feito a classificativa tiveram um tempo atribuído.

No final da prova, os irmãos Solberg classificaram-se em quarto e quito lugares, com Petter a levar vantagem sobre Henning. Mads Ostberg foi sexto, feliz com o resultado, mas triste por o sucedido a Matthew Wilson,


Federico Villagra foi sétimo, com Khalid Al Qassimi a arrecadar o último ponto, ao terminar em oitavo.

No Campeonato do Mundo de Produção, a vitória foi para o herói local, Armindo Araújo, que deliciou os adeptos no Estádio Algarve. Araújo assumiu o comando do agrupamento no final da segunda etapa e enquanto os que o seguiam forçavam o andamento, no último dia, na tentativa de o levar a cometer um erro, ele mantinha a sua atitude de contenção até ao final das cinco especiais para garantir a primeira vitória no P-WRC e o comando do campeonato.

Em segundo terminou Eyvind Brynildsen cujo Mitsubishi terminou com barulhos na transmissão, que não impediram o norueguês de terminar a prova. O derradeiro lugar do pódio foi para Martin Prokop, com o checo a atacar até ao final do último troço na tentativa de ultrapassar Brynilden, mas falhou o segundo lugar por 1,5 s. após três dias de prova.

No Campeonato do Mundo FIA Júnior, Michal Kosciuszko dominou a prova, comandando-a desde a primeira especial de sexta-feira de manhã até ao final. Começou o último dia com cerca de cinco minutos de avanço e reconheceu que era difícil manter a concentração, mas conseguiu fazê-lo e assegurar a primeira vitória da temporada e a segunda da sua carreira.

Kevin Abbring, que teve uma série de problemas, mas que gostou do último dia, foi segundo, enquanto Hans Weijs completou o pódio da categoria.

Ao comentar o sucesso do Vodafone Rali de Portugal, o Director da Prova, Pedro de Almeida disse: “Estamos muito satisfeitos pela maneira como o rali correu este ano. Os pilotos felicitaram a organização e destacaram a qualidade das estradas e tivemos oportunidade de ver excelentes momentos nas classificativas. A organização foi, também, felicitada pelos elementos da comunicação social, que encontraram, devidamente assinaladas, as zonas onde podiam trabalhar, às quais tiveram acesso sem qualquer problema”

Quero ainda expressar o meu agradecimento pessoal e da organização a todos os ‘marshal’ e elementos das forças de segurança, que trabalharam arduamente ao longo de toda a prova, para garantirem que todos os que queriam ter acesso às especiais o tivessem da forma mais fácil para verem um excepcional rali em segurança”

“Foi, igualmente, fantástico ver o Marcus Gronholm fazer o seu regresso ao WRC, ainda que só por uma vez, com o apoio do Turismo de Portugal. Claro que estamos tristes por não ter terminado, mas ele trouxe emoção, que é a sua imagem de marca, ao primeiro dia do rali”

( ACP )




Estrutura da organização com 2.537 pessoas envolvidas


Como é de calcular, uma organização com a projecção do “Vodafone Rally de Portugal” envolve meios muito elevados quer em termos humanos quer em termos logísticos, com números que expressam bem a dimensão do evento.

Na verdade, estiveram 2.537 pessoas directamente envolvidas na organização nos seus mais diferentes sectores, desde o desportivo ao de segurança, passando pela comunicação e imagem.

Para esta edição do Vodafone Rally de Portugal, a Guarda Nacional Republicana mobilizou 889 agentes (449 pertencentes ao comando de Faro e 440 ao de Beja) para controlar os acessos às classificativas e regular as situações de trânsito na zona de passagem da prova.

No tocante ao apoio médico e de segurança, estiveram no terreno 403 bombeiros com 101 veículos, enquanto o INEM fez deslocar 201 elementos. De referir que, no último caso, a presença destes elementos não implica qualquer diminuição na capacidade de resposta dos serviços normais do INEM ao longo do País, pois são elementos que estão no Algarve fora dos seus horários normais de funcionamento.

Ao longo do percurso, estiveram espalhados cerca de 270 “marshals” para garantirem a segurança e controlo dos espectadores. Em termos de organização, estiveram envolvidas 225 elementos, desde controladores, comissários técnicos, controladores de rádio, etc.

De referir ainda que, no Estádio Algarve, para as duas super classificativas, estiveram presentes 239 “stewards”, apenas menos 11 do que no recente Sporting-Benfica para a final da Taça da Liga, considerado um jogo de alto risco.