Fica a saudade…de um “super” Rally!
Deixou-se de ouvir o ruído dos motores, as palmas, os gritos de entusiasmo, os fãs das “máquinas” abandonam o Estádio Algarve, as bandeiras foram enroladas, o “circo” começa a ser desmantelado – a emoção terminou… resta a saudade de mais um Rally de Portugal que por aqui passou!
“Os quatro dias souberam a pouco!” dizem alguns, para outros foram muito longos: pouco dormidos, quilómetros e quilómetros para chegar às especiais, por estradas de terceira onde nada se via com tanto pó, frio, calor, mal comidos, cansaço, etc. Isto para além da responsabilidade de trabalho a apresentar na hora, para o meio de comunicação social que representavam (a falta de sinal para entrar na net, as lentes das câmaras “cinzentas” de tanta poeira, as condições por vezes bizarras onde se poderia fotografar… e lá vem novamente o etc., etecetra..) só quem por lá passou! “mas foi Rally a sério” e, caramba só sucede uma vez por ano, e desta
dimensão só de dois em dois, pessoal.
O chamado calo de tantos anos de “tarimba” de ralis, ajudaram deveras a atenuar todos os contratempos e cansaço. E aquele admirável público presente em todas as especiais? Note-se que muitos palmilharam, depois de ter conseguido estacionar o carro, mais de oito quilómetros para chegar ao local desejado, para ver ao vivo os seus pilotos preferidos… é necessário ser mesmo torcedor de rallis para tanto andar. Milhares e milhares de carros, jipes, motos, caravanas roulottes e dezenas de milhar de espectadores estiveram em todas as especiais.
Dos “presentes” aos vários troços, oriundos de todo o país e estrangeiro, eram da opinião que o Rally de Portugal nunca mais será o que foi, por ter mudado para o Algarve, lembrando com saudade Fafe, Arganil, Ponte de Lima, mas como alguém disse: “a verdade é que a pouco e pouco as serras algarvias vão construindo a “sua” história!”
Da nossa parte (equipa de reportagem do AlgarvePress), gostámos e vibrámos com este evento que se realizou no Algarve pela segunda vez, e como antevíamos com um grande vencedor - o Sébastian Loeb! mas para nós portugas a grande vitória foi a do Armindo Araújo que venceu pela primeira vez no PWRC, diante do seu público, e assim assumiu o comando do campeonato com três pontos de vantagem sobre o mais directo adversário, adicionando ainda o melhor resultado de sempre no Mundial de Ralis, o nono lugar. Também é de notar a excelente contribuição de Vitor Pascoal que conseguiu, no Rally de Portugal, a primeira vitória da “Amarante Rally Team” no Campeonato de Portugal de Ralis, numa prova em que o piloto do Peugeot 207 S2000 teve de lutar até ao fim com Ricardo Teodósio.
Como o colega Zégonzo costuma terminar: Saudações desportivas.
(Osores)