quarta-feira, 1 de abril de 2009

Comissário de Ambiente, uma das novidades de 2009!


O eng. Hélder Gil, chefe de divisão da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), foi indicado para Comissário de Ambiente do Vodafone Rally de Portugal e não esconde que «é com muito orgulho que represento a APA, nesta iniciativa inovadora».


Como faz questão de sublinhar «a iniciativa partiu do ACP, que pediu ao Ministério do Ambiente para indicar uma pessoa para ser Comissário do Ambiente na prova, e cabe-me desempenhar esse papel, acompanhando toda a actividade da organização e funcionando como consultor para que sejam desenvolvidas as melhores práticas ambientais, com o objectivo, passe a palavra, de tornar a prova “mais verde”».


Ao fazer a história desta iniciativa inédita, lembra que «na fase de definição do traçado houve a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) que, em zonas protegidas, como seja a passagem pela ribeira do Vascão, limitou a presença de espectadores. Para além disso foram programadas várias acções como seja a demarcação das zona espectáculo com fitas bio-degradáveis, bem como a distribuição de 10 mil sacos ecológicos, também bip-degradáveis, para que no final possa ser feita uma recolha selectiva do lixo que for produzido».


O eng. Hélder Gil não esconde que gostava de ver esta experiência ser extensiva a outras provas do Campeonato do Mundo, e de Portugal, e não deixa de destacar que «temos de ter a consciência de que no Norte da Europa já existe este tipo de preocupações. Não existe esta figura mas estão interiorizadas. E é importante que uma entidade responsável como ACP comece a sistematizá-las nas suas provas», e adianta que «esta minha indigitação não é só para esta prova, mas irá ter continuidade nas outras provas que o ACP organizar, pelo que já já estamos a trabalhar, de forma sistemática, nas provas que irão decorrer ao longo do ano, para passarmos a dispôr das melhores práticas ambientais».


Em relação ao papel que vai desempenhar ao longo dos quatro dias da prova, confessa que «vou andar por todo o lado, não para fiscalizar, mas para recolher toda a informação que, depois de trabalhada, nos vai permitir fazer um balanço em termos ambientais, quer em termos de ganhos, quer em relação às que possam correr menos bem, se é que isso vai suceder, mas sempre com o pensamento na possibilidade de melhorar e de introduzir de novas acções, que este ano não foram implantadas. Por isso vou estar no Estádio e em várias zonas espectáculo para me aperceber da maneira como as coisas vão decorrer e das necessidades futuras».

Quanto ao facto do Vodafone Rally de Portugal ser amigo do ambiente, sublinha que «qualquer actividade humana tem incidências ambientais, pelo que importa compatibilizá-la e arranjar medidas minimizadoras para que as nossas actividades sejam sustentáveis em termos ambientais e estou convicto que esta medida vai contribuir para melhorar o planeamento deste Rally».